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Ação Negatória de Paternidade

A paternidade é um vínculo que vai além da biologia, mas o que acontece quando surgem dúvidas sobre sua legitimidade? 


Em algumas situações, a lei brasileira oferece uma solução para contestar esse vínculo, trazendo à tona discussões jurídicas e emocionais. 


Você sabe como funciona esse processo e quais são os critérios que podem ser considerados? 


Descubra neste artigo tudo o que envolve a ação negatória de paternidade e as implicações legais e sociais desse tema delicado e relevante.

Ação negatória de paternidade
Entenda mais sobre ação negatória de paternidade.

O que é uma ação negatória de paternidade?

A ação negatória de paternidade é um instrumento jurídico utilizado para contestar o vínculo de paternidade estabelecido, seja no registro civil ou reconhecido de outra forma. 


Trata-se de um processo que busca desconstituir esse vínculo quando há prova de que o pai registrado não é o genitor biológico da criança ou adolescente. 


Essa ação é regulada pelo Código Civil e tem como objetivo garantir que a paternidade reflita a realidade biológica, desde que não haja prejuízo aos princípios constitucionais do melhor interesse da criança e da dignidade humana.

Em quais casos ela pode ser ajuizada?

A ação negatória de paternidade é cabível em situações em que se comprova que o pai registrado não é o pai biológico. Isso pode ocorrer, por exemplo, em casos de erro, engano ou até mesmo fraude no reconhecimento da paternidade. 


Contudo, o ordenamento jurídico também considera fatores socioafetivos, principalmente quando há um vínculo afetivo consolidado entre o pai e o filho. 


Por isso, o simples fato de não ser o pai biológico pode não ser suficiente para desconstituir a paternidade, exigindo análise detalhada do contexto e das consequências para as partes envolvidas.


Quem pode propor a ação negatória de paternidade?

A ação negatória de paternidade pode ser proposta pelo pai registrado, que deseja comprovar a inexistência do vínculo biológico. 


Além disso, o filho, ao atingir a maioridade, também pode questionar a paternidade caso tenha evidências de que o pai registrado não é seu genitor biológico. 


Em determinados casos, terceiros diretamente interessados, como herdeiros, podem propor a ação. 


É importante ressaltar que essa medida não é permitida por qualquer pessoa e que o interesse legítimo e jurídico deve ser claramente demonstrado para que o processo tenha validade.

Qual é o papel do exame de DNA nesse processo?

O exame de DNA é uma das principais ferramentas para comprovar a inexistência do vínculo biológico em uma ação negatória de paternidade. Trata-se de um método científico altamente confiável, com margem de erro praticamente nula. 


O juiz pode determinar a realização do exame para esclarecer os fatos. 


Contudo, a recusa de uma das partes em realizar o exame pode gerar presunção de paternidade ou inexistência dela, dependendo das circunstâncias. 


Além disso, o exame de DNA deve ser acompanhado de outros elementos que demonstrem a verdade dos fatos e resguardem os interesses das partes.


Quais são os efeitos da anulação da paternidade?

A anulação da paternidade reconhecida tem efeitos tanto no âmbito jurídico quanto no emocional. No aspecto jurídico, a principal consequência é a retificação do registro civil, que exclui o nome do pai registrado. 


Essa decisão também pode resultar na exoneração de obrigações como o pagamento de pensão alimentícia. 


No entanto, é fundamental avaliar o impacto emocional e social dessa decisão, especialmente quando há uma relação de afeto entre o pai e o filho. 


O objetivo é assegurar que a decisão seja equilibrada e respeite os direitos e interesses de todos os envolvidos.


Como fica a questão dos alimentos e do registro civil?

A exclusão da paternidade pode resultar na exoneração do pagamento de pensão alimentícia, desde que não haja vínculo socioafetivo ou dependência financeira consolidada entre as partes. 


Quanto ao registro civil, a decisão judicial ordena sua retificação, excluindo o nome do pai do registro de nascimento do filho. 


É importante observar que a legislação e a jurisprudência priorizam a proteção do melhor interesse da criança, o que pode, em alguns casos, impedir a desconstituição da paternidade, mesmo diante da inexistência de vínculo biológico, se isso causar prejuízo ao filho.


A ação negatória de paternidade é um instrumento que reflete o equilíbrio entre a verdade biológica, é necessário lembrar que as informações aqui apresentadas não substituem a orientação jurídica personalizada, e para obter informações mais detalhadas sobre o assunto tratado neste artigo, é aconselhável consultar um advogado especialista. 


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Além disso, se você tiver dúvidas sobre outros assuntos relacionados ao direito da família, acesse nosso Blog Jurídico.


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