O Que São Contratos Nominados e Inominados
- Mota Tobias
- 18 de abr.
- 3 min de leitura
Atualizado: 19 de abr.
No direito civil, os contratos são instrumentos essenciais para formalizar acordos entre partes.
Dentre as diversas classificações existentes, uma das mais relevantes é a distinção entre contratos nominados e inominados.
Mas o que exatamente diferencia esses dois tipos?
Quais são suas características e exemplos práticos?
Neste artigo, exploraremos essas questões de forma clara e detalhada, ajudando você a entender como esses contratos funcionam e qual é a sua importância no dia a dia.

O que é um contrato nominado?
Um contrato nominado é aquele que possui regulamentação específica na lei, ou seja, está previsto e detalhado no ordenamento jurídico.
Esses contratos têm normas próprias que definem seus requisitos, direitos e obrigações das partes.
Por exemplo, o contrato de compra e venda é um contrato nominado, pois está previsto no Código Civil brasileiro.
A vantagem desses contratos é a segurança jurídica, já que as regras são claras e previamente estabelecidas, reduzindo incertezas e conflitos.
Quais são os principais exemplos de contratos nominados?
Além do contrato de compra e venda, outros exemplos de contratos nominados incluem o contrato de locação, o contrato de doação e o contrato de prestação de serviços.
Cada um desses contratos possui normas específicas que regulam sua formação, execução e extinção.
Por exemplo, no contrato de locação, a lei estabelece prazos, direitos e deveres do locador e do locatário. Esses contratos são amplamente utilizados no cotidiano, garantindo que as relações jurídicas sejam previsíveis e seguras.
Já escrevemos sobre este tipo de contrato no artigo O Que São Contratos de Locação?, onde explicamos com mais detalhes sobre ele.
O que é um contrato inominado?
Diferentemente dos contratos nominados, os contratos inominados não possuem regulamentação específica na lei.
Eles são criados pelas partes com base na autonomia da vontade, desde que respeitem os princípios gerais do direito, como a boa-fé e a função social do contrato.
Um exemplo de contrato inominado é o contrato de franquia, que combina elementos de diferentes contratos nominados, como compra e venda e prestação de serviços.
A flexibilidade é a principal vantagem desses contratos, permitindo adaptações às necessidades das partes.
Quais são os exemplos mais comuns de contratos inominados?
Além do contrato de franquia, outros contratos inominados exemplos incluem o leasing (arrendamento mercantil) e o contrato de factoring (cessão de créditos).
Esses contratos surgem para atender demandas específicas do mercado, que nem sempre são contempladas pela legislação.
Por exemplo, o leasing combina elementos de locação e compra e venda, permitindo que uma pessoa utilize um bem enquanto paga por ele, com a opção de adquiri-lo no futuro.
Essa adaptabilidade é essencial em um mundo em constante transformação.
Quais são as diferenças práticas entre contratos nominados e inominados?
A principal diferença entre contratos nominados e inominados está na segurança jurídica versus a flexibilidade.
Enquanto os contratos nominados oferecem regras claras e previsíveis, os inominados permitem maior liberdade para as partes definirem suas próprias cláusulas.
No entanto, essa liberdade exige cuidado, pois a falta de regulamentação específica pode gerar incertezas em caso de disputas.
Por isso, é fundamental que os contratos inominados sejam redigidos com clareza e precisão, preferencialmente com o auxílio de um advogado.
Como os princípios gerais do direito se aplicam aos contratos inominados?
Os contratos inominados devem respeitar os princípios gerais do direito, como a boa-fé objetiva, a função social do contrato e o equilíbrio entre as prestações.
Esses princípios garantem que, mesmo sem regulamentação específica, os contratos sejam justos e equilibrados.
Por exemplo, um contrato de franquia que imponha obrigações excessivas a uma das partes pode ser considerado nulo por violar o princípio da boa-fé. Portanto, a liberdade das partes não é absoluta, mas limitada por esses princípios.
Em resumo, os contratos nominados e inominados representam dois lados da mesma moeda: a segurança jurídica e a flexibilidade.
Enquanto os primeiros são regulamentados pela lei, os segundos dependem da criatividade e do bom senso das partes.
Compreender essas diferenças é fundamental para navegar com sucesso no mundo dos contratos, seja na vida pessoal ou profissional.
É importante lembrar que as informações aqui apresentadas não substituem a orientação jurídica personalizada, e para obter informações mais detalhadas sobre o assunto tratado neste artigo, é aconselhável consultar um advogado especialista.
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