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O Que São Mandados de Segurança?

  • Foto do escritor: Mota Tobias
    Mota Tobias
  • 12 de mai.
  • 4 min de leitura

Você já ouviu falar em mandado de segurança, mas sabe exatamente quando e como ele pode proteger seus direitos? 


Essa ferramenta jurídica, prevista na Constituição Federal, serve como um escudo contra abusos de autoridade e ilegalidades. 


Imagine, por exemplo, que seu plano de saúde se recusa a cobrir um tratamento urgente, mesmo com laudo médico em mãos. 


O mandado de segurança pode ser a solução imediata para garantir seu direito à saúde. Mas como ele funciona na prática? 


Quem pode usá-lo? E quais são os limites dessa ação?


homem assinando contrato
Entenda mais sobre a aplicabilidade do mandado de segurança.

Para Que Serve o Mandado de Segurança?

O mandado de segurança é um remédio constitucional criado para proteger direitos individuais líquidos e certos quando ameaçados ou violados por autoridades públicas ou agentes privados no exercício de funções estatais, conforme Art. 5º, LXIX, da Constituição Federal:


“Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público.”


Ele é acionado quando não há outro recurso legal eficaz disponível. 


Por exemplo, se um servidor público for demitido sem justa causa e sem processo administrativo, o mandado de segurança pode reverter a decisão. 


O objetivo é corrigir atos ilegais ou abusivos de forma rápida, evitando danos irreparáveis ao cidadão.

Quem Pode Entrar com um Mandado de Segurança?

Qualquer pessoa física ou jurídica que tenha um direito claro e comprovado pode impetrar um mandado de segurança. Isso inclui desde um cidadão comum até empresas e órgãos públicos. 


O Ministério Público também pode agir em defesa de direitos coletivos, mas, em regra, o mandado de segurança protege interesses individuais. 


Se você tem um documento que comprove seu direito, como um contrato, um edital de concurso ou uma receita médica, e esse direito foi desrespeitado, você tem legitimidade para recorrer a essa ação.


Contra Quem o Mandado de Segurança Pode Ser Usado?

O mandado de segurança é direcionado contra autoridades públicas ou agentes que exercem funções estatais, como prefeitos, secretários de governo ou concessionárias de serviços públicos. 


Se uma empresa de energia corta seu fornecimento sem aviso prévio, por exemplo, ela pode ser alvo dessa ação. 


No entanto, não cabe mandado de segurança contra particulares que não estejam atuando em nome do poder público. 


Para conflitos entre pessoas comuns, outras ações judiciais, como uma reclamação trabalhista, são mais adequadas.

Quais São os Prazos para Entrar com um Mandado de Segurança?

Um dos pontos mais críticos é o prazo: você tem apenas 120 dias, contados a partir do momento em que tomou conhecimento do ato ilegal. Esse prazo é fatal, ou seja, não pode ser prorrogado. 


Se você soube hoje que foi injustamente excluído de um concurso público, por exemplo, o relógio já começou a correr. 


Em casos de atos contínuos, como a repetida recusa de um plano de saúde em fornecer medicamentos, o prazo só começa quando a violação cessar.


Como Funciona o Pedido de Liminar no Mandado de Segurança?

Muitas vezes, a demora na decisão judicial pode causar danos irreparáveis. Por isso, é possível pedir uma liminar, uma decisão provisória que antecipa os efeitos da sentença. 


Para conseguir a liminar, você precisa demonstrar dois elementos: fumus boni iuris (prova do direito) e periculum in mora (risco de dano iminente). 


Já abordamos estes dois conceitos em artigos específicos para cada um deles, para se aprofundar no assunto, deixaremos como indicação a leitura de ambos:


Se um paciente com câncer precisa de um remédio urgente e o plano de saúde nega, a liminar pode ser concedida em poucas horas, garantindo o tratamento sem esperar o fim do processo.


Quais São os Erros Mais Comuns ao Usar o Mandado de Segurança?

Um erro frequente é confundir o mandado de segurança com outras ações, como uma reclamação trabalhista ou um habeas corpus. 


Outro equívoco é não juntar documentos suficientes para comprovar o direito líquido e certo. Sem provas concretas, a ação será negada. 


Além disso, muitos perdem o prazo de 120 dias por desconhecimento ou demora. Por fim, tentar usar o mandado de segurança para discutir leis em tese ou atos discricionários legítimos também leva à rejeição da ação.


Quando o Mandado de Segurança Não é a Solução?

Embora poderoso, o mandado de segurança não serve para tudo. Se você quer contestar uma decisão judicial, por exemplo, deve usar os recursos próprios do processo, como apelação ou agravo. 


Da mesma forma, direitos que dependem de análise complexa de provas, como uma disputa sobre propriedade de imóvel, não se encaixam nessa ação. 


O mandado de segurança é ágil justamente porque exige direitos claros e documentados. Se seu caso envolve incertezas ou disputas subjetivas, outras vias judiciais serão mais adequadas.


Conclusão: Uma Ferramenta Poderosa, Mas com Regras Claras

O mandado de segurança é um instrumento essencial para defender direitos fundamentais de forma rápida e eficiente. Seja para garantir um tratamento médico, reconquistar um cargo público ou assegurar o cumprimento de um contrato, ele pode ser decisivo. 


No entanto, seu uso exige conhecimento técnico: prazos curtos, documentação robusta e escolha correta do alvo da ação. Por isso, em casos complexos, contar com um advogado especializado pode fazer toda a diferença. Afinal, quando se trata de direitos, não há margem para erros.


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