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Posso Pedir Demissão Durante as Minhas Férias?

  • Foto do escritor: Mota Tobias
    Mota Tobias
  • 8 de jan.
  • 3 min de leitura

O pedido de demissão durante as férias levanta dúvidas e exige atenção às implicações legais e práticas envolvidas. 


Apesar de parecer simples, é crucial entender os direitos e deveres para assegurar que a rescisão seja justa e esteja de acordo com a legislação trabalhista. 


Este artigo esclarece as principais questões sobre o tema, abordando o que é permitido e as possíveis consequências dessa decisão para trabalhadores e empregadores.

férias
Veja se você pode pedir demissão durante as férias.

É permitido pedir demissão durante as férias?

Sim, é possível pedir demissão durante o período de férias. A legislação trabalhista brasileira não impõe qualquer impedimento para que o funcionário solicite o desligamento nesse período. 


No entanto, é importante considerar que o contrato de trabalho está temporariamente suspenso durante as férias. 


Isso significa que alguns aspectos práticos, como o cumprimento do aviso-prévio, devem ser ajustados para após o retorno ao trabalho. 


Por isso, o empregado deve informar sua decisão formalmente à empresa, garantindo que o pedido seja documentado e respeite as exigências legais.

Como funciona o aviso-prévio nesse caso?

O aviso-prévio é um elemento central no processo de demissão e também se aplica ao pedido feito durante as férias. 


Conforme a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o aviso-prévio de 30 dias deve ser cumprido ou indenizado, a depender da decisão do empregador e do empregado. 


Contudo, durante as férias, não é possível executar o período de aviso, o que leva à necessidade de cumpri-lo após o retorno ao trabalho. 


Alternativamente, o trabalhador pode optar por não cumprir o aviso-prévio, caso em que o valor correspondente será descontado das verbas rescisórias.


Quais são os impactos financeiros para o trabalhador?

Ao pedir demissão nas férias, o trabalhador deve estar ciente das possíveis repercussões financeiras. 


Em primeiro lugar, ele não terá direito ao seguro-desemprego nem à multa de 40% sobre o saldo do FGTS, já que esses benefícios são exclusivos para casos de demissão sem justa causa. 


Além disso, caso opte por não cumprir o aviso-prévio, o valor proporcional será deduzido da rescisão. 


Apesar dessas limitações, o empregado ainda terá direito a receber férias proporcionais, 13º salário proporcional e o saldo de salário pelos dias trabalhados antes do início das férias.

A empresa pode recusar o pedido de demissão durante as férias?

Não, a empresa não pode se opor ao pedido de demissão de um funcionário, independentemente de este estar de férias ou em período ativo. 


Contudo, a comunicação deve ser feita formalmente, preferencialmente por escrito, para evitar mal-entendidos ou questionamentos futuros. 


A empresa, por sua vez, tem a obrigação de processar o pedido, realizar o cálculo das verbas rescisórias e assegurar que todos os direitos do empregado sejam cumpridos.


É possível desistir do pedido de demissão após tê-lo feito?

Uma vez formalizado, o pedido de demissão pode ser reconsiderado, mas isso depende da anuência da empresa. 


A decisão de aceitar ou não a desistência cabe exclusivamente à empresa, que pode considerar fatores como planejamento interno e impacto nas operações. Por isso, é fundamental refletir bem antes de tomar a decisão de se desligar do emprego.


A empresa pode demitir o funcionário durante as férias?

Ao contrário do que ocorre com o pedido de demissão, a empresa não pode demitir um trabalhador durante o período de férias. 


Segundo a CLT, o contrato de trabalho está suspenso nesse intervalo, o que impede que a dispensa seja formalizada. 


Caso a empresa deseje desligar o empregado, deve aguardar o retorno das férias para comunicar a decisão e iniciar os trâmites de rescisão. 


Essa regra visa garantir o descanso integral do trabalhador, sem interrupções ou preocupações relacionadas ao término do vínculo empregatício.


Conclusão

O pedido de demissão durante as férias é um direito do trabalhador, mas envolve particularidades que exigem atenção. 


Desde o cumprimento do aviso-prévio até os impactos financeiros, cada detalhe deve ser avaliado com cuidado para evitar prejuízos ou conflitos. 


A legislação brasileira assegura a liberdade de decisão ao empregado, mas também estabelece regras claras para proteger ambas as partes no contrato de trabalho. 


Assim, agir com planejamento e buscar informações adequadas são passos fundamentais para garantir uma transição tranquila e segura.


É importante lembrar que as informações aqui apresentadas não substituem a orientação jurídica personalizada, e para obter informações mais detalhadas sobre o assunto tratado neste artigo, é aconselhável consultar um advogado especialista. 


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Além disso, se você tiver dúvidas sobre outros assuntos relacionados ao direito do trabalho, acesse nosso Blog Jurídico.


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