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Qual o Prazo Para o INSS Recorrer de Uma Decisão Judicial?

  • Foto do escritor: Mota Tobias
    Mota Tobias
  • há 1 dia
  • 4 min de leitura

Quando o INSS perde uma ação judicial, muitos segurados comemoram a vitória, mas esquecem de um detalhe crucial: o instituto pode recorrer. 


Essa possibilidade gera dúvidas sobre prazos, efeitos práticos e estratégias para garantir o direito conquistado. 


Afinal, quanto tempo a Previdência tem para se manifestar? E o que acontece se ela não cumprir esse prazo? 


Este artigo desvenda essas questões, mostrando como funcionam os recursos administrativos e judiciais no âmbito previdenciário, sem deixar de lado os direitos do cidadão.


Previdência social
Veja mais sobre o prazo para o INSS recorrer.

O INSS Tem Mesmo Prazos Diferentes Para Recorrer?

Sim, e isso é crucial para entender como a Justiça Previdenciária funciona. Enquanto pessoas físicas e empresas têm prazos comuns, o INSS, como parte da Fazenda Pública, goza de prazos em dobro para recorrer, conforme o artigo 191 do Código de Processo Civil (CPC). 


Isso significa que, se um cidadão tem 15 dias úteis para apelar, o INSS terá 30 dias úteis. A lógica é dar mais tempo para que o governo analise decisões complexas, mas, na prática, isso pode prolongar a espera do segurado pelo benefício.

Como Contar Esse Prazo Corretamente?

O prazo começa a correr a partir da intimação oficial, não da publicação da sentença. Imagine que o juiz profira a decisão no dia 10 de janeiro, mas o INSS só seja intimado no 15 de janeiro. 


Os 30 dias úteis só começam a contar a partir dessa segunda data. Feriados e fins de semana não entram na conta. Se o INSS for intimado em uma sexta-feira, o prazo só inicia na segunda seguinte. 


Essa diferença pode fazer com que o recurso demore meses para ser julgado, especialmente se houver feriados prolongados.


E Se o INSS Não Recorrer no Prazo?

Se o INSS não apresentar o recurso dentro dos 30 dias úteis, a sentença transita em julgado, ou seja, torna-se definitiva. 


Nesse caso, o segurado pode exigir a execução imediata do benefício, sem risco de o INSS reverter a decisão. 


Porém, é comum que o instituto tente recursos protelatórios, como Embargos de Declaração, para reiniciar a contagem do prazo. 


Por isso, mesmo após o decurso do prazo, é importante ficar atento a movimentações nos autos.

O Que Acontece Se o INSS Recorrer no Último Dia?

O INSS costuma recorrer no limite do prazo, mas isso não invalida o recurso. Desde que protocolado dentro dos 30 dias úteis, ele será válido, mesmo que no último minuto. 


O problema é que, muitas vezes, o segurado fica meses sem resposta, pois o tribunal pode demorar para julgar. 


Enquanto isso, o benefício não é liberado, a menos que o juiz conceda um pedido liminar para antecipar os efeitos da sentença. Essa estratégia do INSS é chamada de "morosidade processual" e pode ser combatida com medidas judiciais.


Existe Alguma Exceção a Esses Prazos?

Sim. Se a decisão judicial estiver baseada em um tema já pacificado pelo STJ ou STF, o INSS pode desistir de recorrer, mesmo que o prazo ainda esteja correndo. 


Por exemplo, se o tribunal já decidiu que doenças raras não precisam de carência, o INSS tende a aceitar a sentença sem resistência. Além disso, em casos de urgência (como risco de vida), o juiz pode determinar a concessão imediata do benefício, independentemente de recursos.


O Segurado Pode Fazer Algo Para Acelerar o Processo?

Sim, e existem várias estratégias eficazes. Se o INSS recorrer apenas para ganhar tempo, o advogado pode impugnar o recurso, alegando que ele é manifestamente protelatório, ou seja, sem fundamento jurídico válido. 


Outra tática é requerer a conversão do recurso em diligência, pressionando o INSS a apresentar suas razões em prazo mais curto. Além disso, é possível ingressar com:

  • Pedido de prioridade processual: Em casos de urgência (como risco à saúde), o juiz pode determinar análise acelerada;

  • Mandado de segurança: Se o recurso do INSS estiver parado há mais de 90 dias;

  • Execução provisória: Para receber o benefício enquanto o recurso não é julgado.


Já escrevemos sobre o funcionamento desse instrumento jurídico, chamado mandado de segurança, leia este artigo: O Que é Mandado de Segurança.


Conclusão


O prazo para o INSS recorrer de uma decisão judicial é de 30 dias úteis, mas essa demora não deve ser um obstáculo para o segurado. Se o instituto não recorrer a tempo, a sentença se torna definitiva, e o benefício pode ser executado imediatamente. 


Caso o INSS protelar o processo, medidas como impugnação de recursos protelatórios ou mandado de segurança podem acelerar a liberação. 


O importante é não desistir e buscar orientação jurídica para garantir que o direito previdenciário seja respeitado sem atrasos injustificáveis.


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