Benefício BPC/LOAS Para Deficiência, Como Dar Entrada
- Mota Tobias

- 24 de nov.
- 4 min de leitura
O Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) é uma das proteções sociais mais importantes do Brasil, especialmente para pessoas com deficiência que vivem em situação de vulnerabilidade.
Entretanto, muitos ainda desconhecem como funciona o processo para solicitar o benefício ou acreditam que seja algo extremamente complexo.
Antes de entender como dar entrada, é fundamental compreender a real finalidade do programa e quais fatores o INSS analisa para conceder esse amparo.
A seguir, você encontrará um guia completo e didático, elaborado para esclarecer cada etapa sem complicações.

Quem pode receber o BPC/LOAS destinado à pessoa com deficiência?
O BPC/LOAS é voltado a indivíduos que possuam uma deficiência capaz de gerar impedimentos de longo prazo, com duração mínima de dois anos, dificultando sua participação plena na sociedade.
Além dessa condição de saúde, é indispensável que a renda familiar per capita seja igual ou inferior a um quarto do salário mínimo.
Isso significa que o INSS avalia tanto o quadro clínico quanto a realidade socioeconômica do requerente.
Importante lembrar que não se exige contribuição previdenciária, pois se trata de um benefício assistencial, destinado exclusivamente a pessoas sem meios próprios de subsistência.
Por que o CadÚnico é a porta de entrada obrigatória para o benefício?
Antes mesmo de iniciar o pedido no INSS, a pessoa com deficiência precisa estar inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.
Essa etapa é indispensável porque é por meio do CadÚnico que o governo verifica a composição familiar, a renda de cada integrante e as condições de moradia.
A inscrição deve ser feita no CRAS do município, apresentando documentos de todos os moradores da residência.
Além disso, o CadÚnico precisa estar atualizado há menos de dois anos, pois informações desatualizadas podem gerar atraso ou até mesmo indeferimento do pedido.
Quais documentos são essenciais para comprovar o direito ao benefício?
A organização documental é um passo crucial para evitar problemas durante a análise do INSS. O requerente deve apresentar RG, CPF e comprovante de residência atual, além de documentos dos demais membros da família.
Para pessoas com deficiência, os laudos médicos recentes são fundamentais, preferencialmente com CID e descrição detalhada das limitações.
Declarações de gastos com medicamentos, exames, transporte e outras despesas podem reforçar a demonstração de vulnerabilidade econômica.
Quanto mais completo e claro estiver o conjunto documental, maior a chance de um processo rápido e sem exigências adicionais.
Como funciona o procedimento de solicitação pelo Meu INSS?
Com o CadÚnico atualizado e os documentos em mãos, o próximo passo é acessar o site ou aplicativo Meu INSS.
Basta fazer login, selecionar “Novo Pedido” e procurar pela opção “Benefício Assistencial à Pessoa com Deficiência”.
Durante a solicitação, será necessário anexar todos os documentos digitalizados. Em seguida, o sistema indicará se será exigida perícia médica e avaliação social.
Todo o andamento do pedido pode ser acompanhado pela própria plataforma, que também sinaliza eventuais pendências. Esse processo digital permite maior praticidade e evita deslocamentos desnecessários até uma agência do INSS.
O que acontece nas etapas de perícia médica e avaliação social?
Na perícia médica, um perito do INSS avaliará se a deficiência do requerente gera impedimento de longo prazo e limitações que justifiquem o benefício.
Laudos bem elaborados ajudam a demonstrar a condição de forma objetiva. Já a avaliação social pode ser feita por um assistente social do INSS ou do CRAS, que analisará a realidade socioeconômica da família.
Nessa fase, são considerados fatores como renda, moradia, despesas essenciais e vulnerabilidade geral.
Ambas as etapas são decisivas para a concessão do benefício, pois comprovam, simultaneamente, incapacidade e necessidade.
O que fazer se o pedido for negado inicialmente pelo INSS?
O indeferimento não significa o fim da linha. Muitos pedidos são negados por falhas simples, como falta de documentos, laudos desatualizados, ausência de informações no CadÚnico ou erros na análise administrativa.
Nessas situações, é possível solicitar a reconsideração ou apresentar recurso administrativo diretamente no Meu INSS, permitindo que o próprio órgão revise os motivos da negativa.
Se mesmo assim o problema persistir, o segurado pode recorrer à via judicial, onde o caso será analisado com mais profundidade.
No processo judicial, é possível produzir novas provas, realizar perícias médicas e socioeconômicas mais detalhadas e garantir que todos os aspectos da condição de deficiência e da vulnerabilidade financeira sejam devidamente avaliados.
A atuação de advogados especialistas em BPC/LOAS aumenta significativamente as chances de êxito, especialmente em situações complexas, negativas injustas ou quando a família não consegue reunir sozinha todos os elementos necessários para demonstrar o direito ao benefício.
Conclusão
Solicitar o BPC/LOAS para pessoa com deficiência exige atenção, preparo documental e conhecimento das etapas que envolvem o processo.
Embora o caminho pareça burocrático, ele se torna simples quando cada fase é seguida com organização e clareza. Esse benefício desempenha papel essencial na proteção social do país, garantindo dignidade a quem enfrenta limitações e vulnerabilidade financeira.
Por isso, compreender como dar entrada é o primeiro passo para assegurar esse direito. Caso haja dificuldades, buscar orientação especializada pode fazer toda a diferença no resultado final.
É importante lembrar que as informações aqui apresentadas não substituem a orientação jurídica personalizada, e para obter informações mais detalhadas sobre o assunto tratado neste artigo, é aconselhável consultar um advogado especialista.
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